Passei a madrugada de sábado na delegacia. Não, não fiz nada de errado. Fui ao aniversário do filho de uma amiga no Sudoeste. E depois de me divertir bastante, ao brincar igual uma criança, voltei feliz da vida para casa. Como uma típica mulher, não tenho o hábito de checar se o carro está ok antes de usá-lo. Pelo menos não tinha. A partir de agora vai virar rotina.
Ao chegar em casa, como de costume, dei uma olhada geral no carro e levei um susto! Cadê a placa? Será que não estou enxergando direito? Esfreguei bem os olhos e notei vários arranhões ao lado do lugar sem a placa. Cheguei mais perto e vi que tinham arrancado um pedaço do design do paralama. Ah! que vontande de chorar. Meu pai sempre diz que não devemos ser apegados às coisas materiais, mas o meu carro é tão novinho. Algum vândalo acabou com a minha festa de sábado à noite.
Subi e chamei o meu pai para ver o estrago. Daí já sabe. O lado racional masculino é essencial nessas horas. Filha, vamos à delegacia agora. Alguém pode clonar a sua placa e você pode passar a receber multas constantes. Euzinha, que até então estava apenas preocupada com a pintura do carro, comecei a pensar em uma série de tragédias. Será que alguém pode fazer um sequestro hoje à noite com a minha placa? Ai, ai, ai.
Corri para a delegacia com o meu pai. Chegando lá o policial nos informou que a prática já é tão comum no DF que o site da Polícia tem um link: Furto de placas. Ao olhar o meu carro, o policial disse: fique tranquila, dos males o menor. Pelo menos não aconteceu nada a você. Com a ocorrência em mãos ele me orientou a ir ao Detran imediatamente relatar o fato e mandar fazer uma nova placa. Depois de uma hora de depoimento voltei para casa mortinha, porém, mais tranquila.
Vou começar a semana no Detran e o meu carro na oficina...
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