O meu domingo de eleições foi bem puxado. Votei logo cedo para poder trabalhar o resto do dia até a madrugada. Nunca fui tão requisitada na vida. Passei o dia de plantão no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, e o meu número de celular foi repassado a 130 rádios catarinenses. Dá para imaginar a situação? Não, não dá. Nem eu imaginava. Sem brincadeira, de minuto em minuto uma rádio me ligava. Entrava ao vivo em uma com uma chamada em espera, pô, pô, pô... Nas primeiras horas da manhã, ir ao banheiro era algo fora de cogitação.
Nem na hora de preparar os boletins de rádio tinha trégua. No trânsito? Proibido atender celular. Resultado, vinte chamadas perdidas! Durante as coletivas o telefone também tocava sem parar. “Me ligue daqui há dez minutos, terei novas informações"... Ao final do dia desisti de tentar preparar um texto antes de falar e entrava com as informações de cabeça mesmo. Pra piorar a situação, a internet do TSE estava a passos de tartaruga, com quase duzentos jornalistas ávidos em busca de informações.
Ufa!!! No início da noite a vontade era sair correndo e ir para casa dormir. Mas ainda tinha de esperar a coletiva da Dilma e do Serra antes de fechar a matéria do dia seguinte. Para não perder o hábito, o candidato tucano deixou a imprensa, digamos, algumas horas DESNECESSÁRIAS a mais de plantão.
No início da madrugada desta segunda-feira consegui gravar minha matéria.
Que venha o segundo turno...
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