domingo, 6 de março de 2011

E os homens que se cuidem...

Hoje me deu vontade de escrever sobre um tema que coçou a minha orelha ao preparar matérias sobre o Dia Internacional da Mulher. A data, comemorada em oito de março, foi criada para discutir o papel feminino na sociedade. Concordo plenamente que apesar de todos os avanços, as mulheres ainda sofrem com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.

Mas fiquei pensando em todas as vantagens que temos em relação aos homens. Muitos podem discordar. Mas lembrando que aqui é um espaço sem aspas, sinto-me no direito de defender a paridade e não a superioridade.

Desde pequenas as meninas são criadas como princesas que devem estudar para desenvolver habilidades e conhecimentos úteis para tornar o futuro lar um pedacinho do céu. Não temos a pressão de escolher uma profissão que garanta o sustento da casa. Podemos passar muito mais tempo nos dedicando aos estudos sem recebermos o clichê de “folgadas” ou “acomodadas”. Se recebermos um baixo salário ou dependermos exclusivamente do transporte público, ainda assim, somos capazes de encontrar um homem que nos ame loucamente.

Muitas mulheres podem alegar a nossa desvantagem nos relacionamentos. Os homens, em geral, podem aprontar todas e mesmo assim serem considerados bons partidos. Em contrapartida, as mulheres com o mesmo comportamento são logo rotuladas de “galinhas”, não servem para casar. Além disso, nosso tempo de reprodução é bem menor que o dos homens. Verdade!

Mas cá entre nós, hoje em dia as mulheres estão arrasando. São capazes de se destacar em todas as áreas. Em casa, como esposas, como mães, como profissionais. A dedicação e o esforço no trabalho, mesmo nos dias em que os hormônios nos deixam completamente afoitas, têm deixado muitos homens no chinelo, de escanteio. Alguns até já não se importam de serem sustentados pela esposa. E, hoje, não é difícil contabilizar as mulheres que bancam o lar.

Por outro lado, muitas começam a perceber que essa busca frenética por trabalho, dinheiro e status não traz tanta satisfação quanto pensavam. E preferem voltar a ser donas de casa, as que podem. Porque a vida está tão difícil que trabalhar para muitas é uma questão de necessidade.

Para as vítimas de homens ignorantes e violentos a lei Maria da Penha. A norma deixa claro que em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher.

Mas o que fazer quando uma mulher traída se sente no direito de torturar e queimar o marido? Você pode argumentar que esse é um caso isolado.



Pode até ser. O que estou tentando dizer é que apesar de sermos um sexo mais "frágil" não podemos jamais assumir o papel de vítimas. Temos direitos, mas também deveres.

No Brasil, somos mais de 50% da população. Em média, temos mais escolaridade dos que os homens e ainda vivemos por mais tempo. Ao eleger a primeira presidente do Brasil com 55 milhões e 800 mil votos, o eleitorado mostrou que novos tempos estão surgindo. Os homens que se cuidem.

Feliz Dia Internacional da Mulher.

Um comentário:

  1. A mulher brasileira é uma coisa interessante: bonita, inteligente e trabalhadora. Pena que a nossa mídia trabalha sempre com o lado desajeitado, sensual e siliconado delas... Conclusão: post do Sem Aspas. É o que será visto, não é? Porém, eis a minha prima para dar uma repensada nessa relação. Parabéns, prima!

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